quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

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O Natal, sob 5 aspectos

Como o objetivo é desconstruir o Natal, as seguintes postagens tratarão de analisá-lo sob diferentes perspectivas.

Aspecto Econômico

É inegável que a força de manipulação do mercado na época das festas de Natal encontra sua explicação na característica consumista do homem monderno: eles é, antes de qualquer coisa, um ser consumidor. A ideologia de mercado é capaz de transformar o Natal em uma festa que acontece dentro dos shoppings e supermercados, e não mais nos templos religiosos, como antigamente. Quem hoje assiste, por exmeplo, à Missa do Galo? É claro que o reflexo de toda essa manipulação da data faz sobressair os aspectos esconômicos do Natal, em detrimento de todos os outros. Poderíamos citar, como exemplo, o fato de que o mercado, auxiliado pela publicidade veiculada nos meios de comunicação, se apropria de elementos cristãos, desvirtuando-os. Os livros de auto-ajuda, a figura de Jesus estampada em roupas da moda, as imagens religiosas vendidas em joalherias, promovem uma banalização que inviabiliza a mensagem original de Natal.

Aspecto Social

O Natal é a época do ano que mais favorece o desenvolvimento de ações solidárias. A cada ano que passa, mais pessoas procuram se associar a algum tipo de organização ou mesmo criar um movimento solidário. A época propicia a consciência dos indivíduos sobre suas obrigações de reciprocidade, estreitando os vínculos entre o ser humano e seus semelhantes, independentemente de crenças religiosas. No Brasil, sociedade cada vez mais desigual, a época estimula os mais afortunados a se voltarem para os carentes, seja por uma crença na força transformadora da coletividade, seja por um sentimento de culpa especialmente acentuado no período. De qualquer forma, a sociedade, no geral, parece mais engajada em valores coletivos como um todo. Tanto que a novidade, este ano, é a associação da atitude solidária com a conscientização ambiental. No ano em que o quase-presidente norte-americano Al Gore disseminou mundialmente o quadro alarmante de aquecimento global, os solidários mais antenados procuram desenvolver campanhas ecologicamente corretas. Neste sentido, alia-se a ajuda ao próximo com a ajuda ao meio ambiente - atitudes que, como um todo, beneficiam a coletividade.

Aspecto Cultural

Mesmo para quem não é religioso ou, mais especificamente, cristão, é impossível negar que Jesus Cristo seja o personagem que mais influenciou a cultura dos últimos 20 séculos. Plagiando José Saramago, "somos todos culturalmente cristãos". Portanto, o Natal, comemoração religiosa do nascimento de Jesus, filho encarnado de Deus, mantém sua força através da pessoa de Jesus e de sua mensagem de fraternidade para milhões de pessoas, cristãos ou não, no mundo inteiro. De forma semelhante, os Dez Mandamentos são, hoje valores éticos, independente de seu conteúdo ou origem cristã. A grande maioria dos indivíduos é guiada pelos ideais de nâo roubar, não matar, independente de sua religião. Assim, a força da imagem de Jesus se faz presente na cultura como um todo: na ética, nas artes, na política.

Para todos nós, acidentais ou orientais, é praticamente impossível imaginar a cultura sem a influência profundamente determinante desta figura histórica por excelência, com desdobramentos no campo político, social e religioso.

Aspecto Religioso

O Natal é uma data religiosa que se torna cada vez mais pagã. Prova disso está na troca do próprio símbolo natalino: o presépio, representando o nascimento de Jesus Cristo, é substituído pela árvore – com seus presentes – e pela figura do Papai Noel. A própria troca de presentes, dentro de uma tradição cristã, não deveria ocorrer no dia 25 de Dezembro, e sim em 6 de Janeiro, Dia de Reis, quando três sábios do oriente, os três reis magos, presentearam o menino Jesus.

O fato é que aquilo que o Natal deveria representar, ou seja, a fé, a esperança, a dedicação ao outro, etc esbarra nas mesmas dificuldades com quem a igreja católica se defronta hoje: um mundo que busca respostas imediatas e que transforma o homem em um sujeito consumidor por excelência, para quem a mensagem religiosa do Natal torna-se imperceptível diante do apelo irresistível do consumo. A tentativa da comunidade católica mundial de reverter este quadro parece exemplificada na sugestão feita, já há alguns anos, pelo papa Bento XVI, de que se montassem presépios com a intenção de explicar e estimular a fé católica. Para vários membros da comunidade, esta sugestão é positiva porque promove o resgate do símbolo original. A imagem do presépio, segundo eles, ensina corretamente o mistério da encarnação, central no Cristianismo, que fica oculto quando os símbolos correntes do Natal tornam-se a árvore e o Papai Noel.

Dave Matthews and Tim Reynolds - Christmas Song.




A interpretação quase pagã de Dave Matthews para o nascimento de Jesus.