quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Aspecto Religioso

O Natal é uma data religiosa que se torna cada vez mais pagã. Prova disso está na troca do próprio símbolo natalino: o presépio, representando o nascimento de Jesus Cristo, é substituído pela árvore – com seus presentes – e pela figura do Papai Noel. A própria troca de presentes, dentro de uma tradição cristã, não deveria ocorrer no dia 25 de Dezembro, e sim em 6 de Janeiro, Dia de Reis, quando três sábios do oriente, os três reis magos, presentearam o menino Jesus.

O fato é que aquilo que o Natal deveria representar, ou seja, a fé, a esperança, a dedicação ao outro, etc esbarra nas mesmas dificuldades com quem a igreja católica se defronta hoje: um mundo que busca respostas imediatas e que transforma o homem em um sujeito consumidor por excelência, para quem a mensagem religiosa do Natal torna-se imperceptível diante do apelo irresistível do consumo. A tentativa da comunidade católica mundial de reverter este quadro parece exemplificada na sugestão feita, já há alguns anos, pelo papa Bento XVI, de que se montassem presépios com a intenção de explicar e estimular a fé católica. Para vários membros da comunidade, esta sugestão é positiva porque promove o resgate do símbolo original. A imagem do presépio, segundo eles, ensina corretamente o mistério da encarnação, central no Cristianismo, que fica oculto quando os símbolos correntes do Natal tornam-se a árvore e o Papai Noel.

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